Amamentação: leite materno é a 'única' escolha!

Talita Cavalcante
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Escolhi essa imagem porque ela é da campanha de amamentação
na primeira hora de vida (de 2007) do Ministério da Saúde
e me marcou porque o filho de Thiago Lacerda e Vanessa Lóes,
Gael, nasceu na mesma época que minha filha


Quando criei a seção 'mamãesofia' do dona perfeitinha, sabem sobre o que foi a primeiríssima postagem? Sobre a importância da amamentação de 3 em 3 horas para recém nascidos e quando uso a palavra 'amamentação' estou falando de amamentar no peito, porque, para mim, não há outra opção. Se toda mãe quer o melhor para seu filho, então... a 'única' 'escolha' é o aleitamento materno. Mas todos nós sabemos que existem muitas mamães tristes por não terem conseguido amamentar seus filhos, ou não conseguido por um período satisfatório. E isso acontece mesmo por vários motivos diferentes. Querer nem sempre é poder e tem muitas mamães por aí que passam por isso, infelizmente, e, nesses casos, precisam se adaptar, deixar a tristeza de lado e nutrirem seus filhos da melhor maneira possível através de muita informação e com a ajuda de uma boa mamadeira e o resto é aproveitar cada momento com seu filho e ser feliz.

Na postagem anterior em que dei dicas de objetos preciosos para nos auxiliar com os cuidados de nossos filhos, tive alguns comentários sobre a importância do aleitamento materno e devo dizer, meninas, que estou com vocês nessa luta! E por seus comentários, resolvi fazer essa postagem contando sobre a minha experiência maravilhosa com a amamentação da minha filha!

Meu depoimento: Tive minha filha de cesária, apesar de ter esperado até 41 semanas e meia de gestação querendo parto normal. Não tive nenhuma contração e minha dilatação era mínima. Então tivemos que buscar nossa pequena. E foi um dia lindo! Ela nasceu bem grandinha com 52 cm e com quase 4Kg. Ainda na primeira hora de vida, na ante sala da sala do parto, amamentei minha filha pela primeira vez. E o instinto é uma coisa linda. Colocada sobre mim, ela arrastou sua cabecinha guiada por meu cheiro e começou a mamar. Aquele colostro é um santo remédio!

Minha filha mamou de 3 em 3 horas por 4 meses e isso eu já contei aqui. Quando amamentamos, a criança não precisa nem mesmo de água e é importante só dar o peito, sem outros líquidos já que o leite possui toda a água necessária para a criança e enche nutrindo ao contrário dos outros. A introdução de outros alimentos começa a partir dos 4 ou 5 ou 6 meses de vida. Sofia começou experimentando frutas como melancia aos 5 meses e, aos 6 começou a almoçar papinhas. Mas já não me lembro mais como era. O médico da criança é o responsável por nos orientar nesses momentos.

Sofia mamou no peito até os 10 meses e levei apenas 4 dias para desmamá-la, sem traumas pra mim nem para ela. Fazia o mingauzinho e dava na colher. Ela aceitou por uma semana e, depois, transferi o leite para a mamadeira. Leite comum mesmo.

Nunca senti dor para amamentar. O único incômodo era acordar com os peitos muito cheios quando minha filha já não mamava mais durante a noite. Mas aí era só tirar um pouco no banho se incomodasse demais.

Minha bela experiência se deve a algumas atitudes que considero que toda mamãe durante a gravidez e durante a amamentação deveria ter:

1) A primeira coisa é preparar o psicológico antes do parto. Pensar com naturalidade sobre a amamentação. Não se preocupar e não ter medo. Pensar em você amamentando seu filho, curtir a ideia. E depois que seu filho nascer, verá como tudo vai correr bem, que você vai amar aquele momento que é único, só da mãe. Mas esse psicológico deve também ser preparado para o momento do desmame. Seu filho precisa ter independencia e muitas mães sofrem demais e não permitem isso, gerando uma barreira para o crescimento do filho. Por mais que o leite materno seja bom, há um limite para ele e isso cada mãe vai descobrir sozinha. 1 ano acho que é a idade limite, mas tudo depende de vários fatores pessoais. O importante é dar saúde a seu filho e também a independencia que ele precisa, tudo nos momentos certos.

2) Depois do psicológio, é preciso preparar o físico, o corpo, seus peitos. Uma alimentação saudável e rica em líquidos é essencial. E tomar sol todos os dias nos peitos sem roupa antes e depois do parto é essencial para fortalecer e preparar as auréolas e bicos para não racharem e não sofrerem com outros problemas. Ao passar o hidratante no corpo, nunca passe nas auréolas dos peitos.

3) Converse com seu médico sobre querer amamentar seu filho na primeira hora de vida. A maioria nem se lembra de orientar as mães sobre isso e não proporcionam isso a elas. Pense no seu filho, é importante pra ele, é o instinto natural.

4) Revese seus peitos a cada amamentação e se os dois estiverem muito cheios, troque seu filho de peito na mesma mamada, mas deixe que ele fique pelo menos 10 minutos no primeiro - nunca tire antes disso, a não ser que ele solte sozinho.

5) Se seus peitos encherem demais, tome um banho frio (a água quente estimula mais a produção de leite) e retire um pouco até que se sinta mais confortável.

6) Ah! E lembrem-se de comprar o absorvente de seios - você vai sujar muita blusa, mesmo com eles!

7) Nunca ouça comentários do tipo "seu leite não está sustentando seu filho"; "seu leite não está sendo suficiente"; "você não vai conseguir"; "vai dar caroços, mínguas, vai doer muito". Nada disso acontece. Seu leite é igual ao de qualquer outra mãe e a maioria consegue amamentar, por que você não conseguiria? Haverá muita gente pra falar coisas horríveis e te magoar. Feche seus ouvidos para essas pessoas e siga o que seu interior te manda, siga o seu instinto e tudo dará certo. Não existe leite ralo, nem ruim, mas existem até médicos que falam bobagens e você tem que ter muito bom senso antes de ir seguindo a cabeça de alguns ignorantes. A mãe é quem mais entende sobre seu filho no quesito amamentação.

8) Seu filho vai querer o peito para confortar-se da dor de barriga, por exemplo. E não há mal nenhum dar o peito também para isso, mas não pode ser sempre porque isso pode acostumá-lo à murrinhazinha, mas você vai saber diferenciar quando é fome e quando não é.

9) Dor de barriga é natural, a criança está acostumando seu corpo a receber o alimento. Alguns bebês tem, outros não. Existem estudos que tentam identificar se o café, o chocolate e o refrigerante influenciam no leite da mãe que pode agravar a dor de barriga. Eu parei com tudo isso e a dor de barriga da minha filha continuou, portanto acho que não influencia não. Mas é sempre bom ficar longe dessas guloseimas, né?

10) E pra terminar: seu bebê vai chorar muito no início. E temos que observar se é ouvido ou a dor de barriga mesmo ou algum outro problema. Nos banhos, cubra os ouvidinhos do seu filho na hora de lavar os cabelos, não deixe nenhuma gotinha entrar lá, tá? Dor de ouvido pede visita ao médico. Dor de barriga pede paciência. Não há remédio que resolva. Tem aqueles que são 'naturais', mas que é só um alívio para a consciência dos pais porque não tem efeito nenhum. E não ofereçam o bico - é uma dependência desnecessária, é feio e a arcada dentária do seu filho poderá ser afetada. Tenha paciência com os chorinhos e dê-lhe muito amor e carinho. Aprenda a fazer a Shantala - é incrível como essa massagem ajuda a passar a dorzinha de barriga dos pequenos. E, por último, não deixe de ler aqui porque é importantíssimo amamentar seu filho de 3 em 3 horas durante, pelo menos, seus primeiros 3 meses de vida.


E você? Como foi amamentar ou como está se preparando pra amamentar seu filho?

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8 Comentários

Temos o poder de escolher fazer com amor, todo dia! Por favor, entre em contato comigo através do meu Istagram: @talitacavalcanteoficial

  1. Eu não sou mamae. Mas eu acho muito lindo a mãe amamentando. As mães dos meus alunos quando levava seus bebes na escola nas reuniões de pais , eu dizia sobre a importancia do leite materno. E minha amiga Zilda me ajudava porque ela amamentou os seus quatro filhos.
    A gente sempre pode propagar este abençoado leite. Impede tantas doenças.
    Com carinho Monica

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  2. entao...rs, eu amamentei até 1a8m a Kiara e o desmame foi bem raumático. Pretendo agir diferente com o Adriel, mas veremos como será. Sobre a amamentaçao, só acrescentaria uma dicas às suas, nunca, em hipótese alguma, amamentar a criança deitada. Seja peito ou mamadeira, evite que ela mame em linha reta pq o leite vai todo pro ouvido causando várias infeccoes de otite. A minha filha tem quase 5 anos e nuuuuuuuuunca teve sequer um problema de ouvido pq eu sempre segui essa regra, desde qdo dava mamá no peito e até hoje qdo dou a mamadeira. Ela msm sabe que deve se recostar na cama pra poder tomar o mamá senao nao ganha


    bjks

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  3. Oi, Vivian!

    Normalmente desmame depois do 1 ano é traumático pra mãe e pro filho, né?
    Mas foi importante pra Kiara, com certeza. Você me parece uma mãe super carinhosa e amorosa e é isso que importa.
    Você vai cuidar do Adriel da forma que você perceber que ele precisa e depois vai me ensinar como sabemos as diferenças, porque também quero ter mais filhos e sei que cada um é diferente em necessidades e em personalidade... Vou querer saber!

    Beijo grande,
    Talita.

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  4. Ah!
    Recebi um comentário da Edilaine sobre essa postagens. Suas ponderações são tão legais que dava vontade de publicar por aqui...
    Ela conhece muito sobre amamentação e me contou sobre sua própria experiência com seus dois filhos e ainda me deu todas as recomendações da OMS e da OMA.

    Obrigada, Edilaine!
    Talita.

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  5. olha, acho esse papo de amamentação muito bonito, interessante, blablabla... desde o primeiro dia em que soube que estava grávida, me preparei para amamentar. Durante 7 meses, esfregava bucha vegetal no bico do seio, ficava sem sutiã, tomava sol sem blusa, lia sobre todas as técnicas para segurar o bebe corretamente, enfim, eu queria fazer tudo direitinho. Minha filha nasceu na 41a semana, com peso e comprimento excelentes ( 3,350kg e 51 cm) e segui todas as orientaçoes dadas pelas enfermeiras a uma marinheira de primeira viagem (eu) . Meu leite empedrou logo de cara, precisou elas fazerem compressas e massagens. Fui pra casa, fazendo tudo como manda o figurino, comendo tal coisa e evitando uma lista intermintável de outras que podiam incomodar a barriguinha da minha bebe. Apesar de todos os meus esforços , a nene nem recuperava o peso do nascimento. O médico mandou tomar 3 litros de água por dia. Mandou tomar plasil. Mandou tomar água inglesa. Mandou fazer isso e aquilo e eu fazia. Mandou não esperar as 3 horas, amamentar com maior frequencia. E a menina magrinha, com quase 2 meses parecia um bebe da Etiópia, porque eu e o médico insistíamos com esse negócio da amamentação. Não dizem que TODA MULHER TEM LEITE? NÃO EXISTE LEITE RUIM? BLABLALBA? Então nunca me ocorreu que a minha filha passava fome.
    Um dia, o médico se deu por vencido, e recomendou o aleitamento misto, isto é, dar o peito primeiro, e depois a mamadeira. Eu fiz como de costume, ao final preparei uma mamadeira de leite Nan (na época era o que tinha). A menina devorou a mamadeira toda em segundos. Não me dando por vencida, achei que o problema eram os bicos dos meus seios, que não facilitavam a coisa, então falei: "ah, eu sou mais esperta que voce, vou tirar o leite do peito com a bombinha e te dou na mamadeira". Bom, não tinha leite. Essa era a verdade. Não deu nem 20ml de leite. Nesse dia, eu mandei a amamentação e o médico às favas, e resolvi alimentar direito a minha filha. Ela em 15 dias já estava com outra carinha. Ah, e os choros constantes que ela tinha e que eu achava que eram cólicas, nunca mais. Com 2 meses ela descobriu como era bom ter comida quando se tem fome.
    Então, acho super educativo esse papo todo de amamentação, principalmente para a população que não tem acesso a informação, acho que realmente não se compara o teor nutritivo do leite materno com o leite industrializado (o primeiro é melhor), a rotina com o bebe é muito mais simples, sem ter que lavar mamadeira ou inserir outros alimentos tão cedo, e ainda o momento mãe/bebe durante a amamentação. Não questiono nada disso. Mas sou contra essa lavagem cerebral que os órgãos públicos e médicos fazem na gente, e que podem levar a casos como o meu, e que pelo que tomei conhecimento depois são muitos. Aliás, antes de acontecer comigo, quando uma mãe falava das dificuldades e insucessos em amamentar, eu siplesmente julgava "ela tá inventando desculpa. Não quer que o peito caia, não tem saco pra isso, etc, etc, etc." Hoje, eu sou solidária.

    Desculpe em primeiro lugar o comentário tão longo, e principalmente em não concordar exatamente com a sua opinião (o que não me faz gostar menos do seu blog). Se voce não achar conveniente, não publique. É apenas o relato do que aconteceu comigo e as conclusões que tirei.


    bjs

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  6. Selena!
    De forma alguma acho que está discordando do meu depoimento, isso porque o meu depoimento é a minha experiência com a amamentação.

    Fico muito feliz que tenha escrito esse comentário aqui passando o que aconteceu com você e sua neném.

    Isso mais uma vez prova o que sempre digo que a mãe sabe mais que qualquer outra pessoa sobre a amamentação de seus filhos. Médicos não tem a prática, só a teoria e também eu tive que ter muito bom senso, assim como você, para fazer o que achava melhor para minha filha.

    Agora, a parte que digo que não tem leite ruim ou ralo, é verdade! No seu caso, você não produziu o suficiente, é diferente. Passou por algo muito difícil e venceu com todo seu bom senso e por amor a sua filha. Te admiro!

    Um beijo grande e obrigada por dividir sua experiência conosco.

    Talita.

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  7. É isso mesmo.
    A amamentação é extremamente importante para a criança e pra mamãe também.
    Existem sim muitos casos como o da Selena, onde a quantidade de leite não é suficiente. Mas existem ainda mais casos de pessoas que simplesmente, por opção, preferem não amamentar. às vezes, nem tentam...
    É uma pena...

    Minha experiência teve sim alguns sofrimentos, bico rachado, leite empedrado... Mas fui firme e forte e hoje tenho uma filha muito saudável! Tenho certeza que isso contribuiu muito!

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  8. Obrigada pelo recado,
    O tema sempre será abordado por aqui. Posso vir a precisar de algum material ou informação e então entro em contato. Obrigada,
    Talita.

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